Nova pesquisa mostra índices chocantes de incredulidade
Por: Jarbas Aragão
A Inglaterra, que foi o berço do movimento missionário mundial durante muitos anos, continua dando provas de como o liberalismo teológico está acabando com a fé no Reino Unido.
Uma pesquisa encomendada pela Aliança Evangélica e pela Igreja da Inglaterra produzida pelo ComRes e o Instituto Barna, entrevistou 4.000 pessoas no mês passado.
O resultado mostra que mais de 40% dos ingleses não acreditam que Jesus foi uma pessoa real. Já 43% dizem crer na ressurreição, embora muitos achem que ela não ocorreu como descrito na Bíblia.
Embora 57% dos entrevistados afirmem ser cristãos, menos de 10%, na verdade, admitem ser praticantes (fazem orações, leem a Bíblia regularmente e vão à igreja pelo menos uma vez por mês).
Esse levantamento será discutido no próximo Sínodo Geral da Igreja Anglicana, religião oficial do país, que ocorre em novembro. Chama atenção o fato de um quarto dos entrevistados entre 18 e 34 anos de idade afirmaram que ele é “um personagem mítico ou ficcional”.
A pesquisa faz parte de um projeto de pesquisa que tenta avaliar a “situação espiritual” da nação. O estudo foi enviado a todos os 470 bispos, pastores e leigos membros do sínodo, recém-eleitos para os próximos cinco anos. O relatório pede orações pela Igreja. “Estamos diante de um enorme desafio, mas também de grandes oportunidades”, afirma o material.
Um dos assuntos que será mais debatido é a onda de migração e a crise de refugiados. O Sínodo quer avaliar a contribuição britânica para a realocação dessas pessoas. O material previamente divulgado deixa claro que “os refugiados de todas as religiões devem ser ajudados”.
Enquanto debatem os refugiados, ignoram outros aspectos da pesquisa, sobretudo no que diz respeito à evangelização. Dois terços dos cristãos praticantes responderam que tinham falado sobre Jesus com um não-cristão no último mês. A maioria disse sentir-se à vontade para falar da sua fé. As palavras mais frequentemente usadas para descrever Jesus foram “espiritual”, “amor” e “paz”.
Por outro lado, quase 60% dos ingleses não querem “saber mais” sobre Jesus. Apenas 20% afirmaram que desejavam conhecer melhor Jesus Cristo depois de um cristão praticante compartilharam sua fé com eles. Cerca de 25% disseram “sentir-se mal em relação a Jesus” após ouvirem de um cristão compartilhar sua fé.
Sobre isso, o relatório limita-se a dizer: “Devemos reconhecer que até mesmo o próprio Jesus, ao falar com as pessoas no primeiro século, não foi bem recebido 100% do tempo.”
2000 Igrejas serão fechadas
A pesquisa foi publicada poucos dias após a Igreja da Inglaterra, conhecida como episcopal anglicana no resto do mundo, divulgar que estuda fechar pelo menos 2.000 das 16.000 igrejas no Reino Unido.
Nesses locais, reúnem-se regularmente menos de dez fiéis. A maioria é idosa e as ofertas são poucas e esparsas. Isso inviabiliza os custos de manutenção. A opção é transformá-las em “igrejas de feriado”, que só abrem nas semanas do Natal e da Páscoa, quando muitos cristãos nominais procuram alguma igreja por hábito.
Com informações de BBC e Christian Today
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